O mapa dos “não pagantes” no futebol brasileiro

Três grandes do Brasil formam o paraíso dos ingressos grátis

DA REDAÇÃO

O Mídia sem Média andou analisando alguns borderôs das equipes da Série A do futebol brasileiro. Constatamos que três equipes são recordistas de público “não pagante”.

Corinthians, Flamengo e Fluminense.

Nos jogos do Flamengo, a média é de 20 % de torcedores entrando de graça. É como se a cada cinco partidas, o Mengão jogasse uma com portões fechados.

Outro facilitador da gratuidade é a equipe das Laranjeiras. A média de publico que não paga ingressos do Fluminense beira os 22 %.

O Timão é um caso a parte. Em suas partidas, quase sempre 10 % do público entra na faixa. Por vezes até um pouco mais. A diferença entre os três está no número de dirigentes que fazem parte deste montante. No clube paulista existem 400 conselheiros, além de algumas centenas de diretores nomeados, que levam ao Pacaembu, namoradas, filhos e até os papagaios.

Em um período difícil como o que atravessamos em todo o mundo, acredito que não se pode abrir mão de receitas tão valiosas. Futebol não é artigo prioritário. È diversão. E como todo entretenimento, sobrevive de arrecadação, seja ela de patrocínios, como também de bilheterias. O excessivo número de pessoas entrando sem pagar, além de desfalcar os cofres dessas entidades, é sem dúvida um fator estimulador da corrupção.

Dirigentes que recebem ingressos gratuitamente e revendem para terceiros, que depois repassam para os cambistas.

No final, como sempre, muitos ganham, menos o principal artista do espetáculo, que é o clube de futebol.

E quando as contas começam a não bater, a alternativa encontrada é o acréscimo do valor cobrado pelo ingresso. Ou seja, eles se locupletam, e quem paga a conta é o torcedor comum, aquele que trabalha e tem, por vezes, como única opção de lazer assistir a uma partida de seu time de coração.

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