A Frase

" O resultado fica para a história, o jogo bonito passa "

FELIPÃO
, Técnico da Seleção Brasileira, em entrevista coletiva, antes da grande final da Copa das Confederações, diante da Espanha, no Maracanã


domingo, 10 de janeiro de 2010

Falta de segurança na África coloca times europeus em alerta

Primeiro ministro de Angola garante segurança para a CAN

MÔNICA FORMIGONI
Do Mídia sem Média


No dia 4 de dezembro, horas antes do sorteio dos grupos para o Mundial, os políticos africanos estavam preocupados com a imagem do país no quesito segurança. Para isso, aumentaram o contingente de policiais nos aeroportos, estradas e locais onde os turistas e a imprensa internacional poderia passar.

Na época, o porta-voz da polícia sul-africana, Sally de Beer, declarou que a polícia, o exército e os serviços de inteligência estavam prontos para qualquer eventualidade, em terra, ar e mar, para garantir a segurança da cerimônia.

Além disso, para o sorteio na Cidade do Cabo, que fica à beira mar, e que receberia cerca de 100 mil pessoas, as forças de segurança receberam treinamento especial e o espaço aéreo foi reforçado.

Nathi Mthethwa, ministro da Polícia da África, havia declarado que o país era maravilhoso e que não deixaria algumas pessoas mancharem a imagem da África e que cerca de US$177 milhões foram investidos no setor de segurança.

Na última semana, quando as seleções africanas se movimentavam pelo continente para a Copa Africana das Nações (CAN), o ônibus da delegação de Toga foi metralhado pelo grupo separatista FLEC – Frente de Liberação de Cabinda, matando três pessoas.

Os jogadores togoleses abandonaram o torneio por ordem de seus políticos, e com o apoio dos grandes times europeus: Barcelona, Real Madrid, Arsenal, Manchester City e Chelsea, que liberaram alguns de seus craques para representarem a seleção de Togo.

Para a Copa do Mundo não será diferente. A segurança disponível na CAN não terá muito tempo para se aprimorar e impedir atentados como o do dia 8.

Além dos turistas, os maiores patrimônios dos clubes que são os jogadores, ficarão à mercê da segurança precária e ineficaz dos africanos.

Os organizadores da CAN já declararam que não irão interromper o campeonato devido ao atentado. O motivo, se não for por falta de compaixão, podemos classificar como puro interesse financeiro, o qual ultrapassa todo e qualquer limite do respeito humano.

O fato chocou os jogadores de outras seleções, mas, até agora, nenhuma outra seleção africana abandonou o torneio. Apenas os dirigentes da Costa do Marfim pediram maior segurança para permanecerem na competição.

"A delegação da Costa do Marfim ficou chocada com o ocorrido. Não pensamos em deixar a competição, mas a organização precisa garantir a segurança do torneio. Não viemos aqui para jogar um jogo da morte, mas sim futebol”, declarou Kaba Kone, gerente de futebol da Costa do Marfim.

Após o atentado terrorista, o primeiro ministro de Angola, Paulo Kassoma, se reuniu com o presidente da Confederação Africana de Futebol, Issa Hayatou, para lamentar o incidente, que ele diz ser fato isolado, demonstrar compaixão aos mortos e feridos e declarar a garantia de segurança para todas as delegações.

“Nossos policiais responderam imediatamente e combateram os terroristas. Esse incidente não nega a capacidade das forças de defesa de Angola. Reafirmo minha confiança neles. O governo de Angola oferece toda sua compaixão e dá apoio moral à delegação togolesa. A melhor estrutura médica está sendo oferecida aos feridos.”

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