A Frase

" O resultado fica para a história, o jogo bonito passa "

FELIPÃO
, Técnico da Seleção Brasileira, em entrevista coletiva, antes da grande final da Copa das Confederações, diante da Espanha, no Maracanã


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Alerta vermelho da FIFA

VALTER BERNAT

A Fifa, com razão, criticou duramente o Brasil pelo atraso no início das obras de construção e reforma dos estádios para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Os prazos previstos expiraram e nada foi feito. Tal fato é motivo de vergonha e uma desmoralização para nós, brasileiros.

Impressionam a irresponsabilidade, a desorganização, a falta de seriedade e a incompetência da CBF, do Ministério dos Esportes e do Comitê Organizador da Copa de 2014. A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 são grandes eventos, que trarão milhares de empregos, desenvolvimento e divisas ao país. Mas tem que haver um mínimo de seriedade, profissionalismo e competência na sua realização.

Antes de conquistarmos o direito de ser sede, o discurso era de que os trabalhos começariam imediatamente, e as cidades passariam por significativas transformações. Será que aquela velha malandragem de esperar para a última hora e correr para atender às necessidades da Copa de 2014 vai acontecer outra vez?

Aquela velha distribuição do dinheiro público entre aqueles de sempre? Aquelas obras superfaturadas sempre para o candidato único vai acontecer de novo? Copa do Mundo, Pan e Olimpíada são meros detalhes, como o povo brasileiro, em épocas de eleição. São importantes e mantêm o sistema funcionando.

Vale lembrar que não apenas estádios devem ser construídos ou reformados, mas também a melhoria de toda a infraestrutura das cidades. Mas o atraso nas obras nos faz esquecer de todas as falsas promessas. E, no Rio, o caso é ainda mais grave, temos uma Olimpíada em 2016. Precisamos de um choque de ordem nas autoridades responsáveis por eventos de tanta importância.

Obras de infraestrutura aeroportuária e urbana, todas estão atrasadas, considerando-se que faltam pouco mais de quatro anos para o evento e pouco mais de três para a Copa das Confederações, evento-teste para a Copa do Mundo. Quanto mais se empurra com a barriga o início dessas obras, mais se justifica, depois, a não realização de licitações, abrindo caminho para o superfaturamento.

Isso já aconteceu no Pan 2007 e, provavelmente, vai acontecer na Rio 2016. E quem assume as consequências de tamanha irresponsabilidade? O povo. Porque, depois, faltam verbas para saúde, educação e a própria infraestrutura das cidades. O Brasil parece que não tem jeito mesmo.

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