CASO BRUNO: Ércio Quaresma acusa Edson Moreira de pedir propina

MÔNICA FORMIGONI

O jurista Ércio Quaresma, que defende o ex-goleiro Bruno, no caso do desaparecimento seguido de morte da estudante Eliza Samudio, fez nesta quarta-feira outra declaração polêmica.

Desta vez, o advogado revelou em entrevista ao programa TV Verdade (TV Alterosa de Belo Horizonte), que o Chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, Edson Moreira, pediu R$ 2 milhões para inocentar Bruno das acusações.

Enquanto o defensor do principal acusado se envolve em polêmicas, o Dr. Wiler Vidigal, responsável pela defesa de Sérgio Rosa Sales, o Camelo, sustenta a tese de que o primo do ex-ídolo do Flamengo foi torturado, na reconstituição da morte de Eliza.

Por outro lado, o delegado Edson Moreira reclama na Justiça ser vítima do que classifica de ‘denuncismo irresponsável’. Isso porque o Ministério Público pediu a Corregedoria da Polícia Civil para abrir pelo menos três inquéritos contra o delegado, sob a acusação de corrupção, desvio de verbas de diárias e até de facilitação da fuga de presos.

No entanto, Edson Moreira conseguiu, em 2008 e 2009, trancar as investigações ao recorrer ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Para o delegado as acusações são fruto de inveja dentro da Polícia e de ressentimentos de policiais afastados por ele.

Enquanto as partes trocam acusações, Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, que esteve no tribunal do Júri nesta terça-feira, para assistir a mais uma audiência do caso, espera apenas que os acusados falem onde se encontra o corpo da filha.
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