A Frase

" O resultado fica para a história, o jogo bonito passa "

FELIPÃO
, Técnico da Seleção Brasileira, em entrevista coletiva, antes da grande final da Copa das Confederações, diante da Espanha, no Maracanã


domingo, 29 de maio de 2011

O futebol arte, enfim renasce!


PERSIO PRESOTTO

Na década de 80, quando à frente da Seleção Brasileira, Telê Santana da Silva, um dos mais brilhantes técnicos de futebol que já vi, comandou um seleto grupo de craques, no qual figurava, por exemplo, uns tais Zico, Paulo Roberto Falcão e Sócrates.

Em 1982, na cidade de Barcelona, na Espanha, esse grupo estelar foi barrado pela Itália, de Paolo Rossi. Quatro anos depois, em 86, no México, amargamos mais uma eliminação, agora diante da França, de Michael Platini, hoje presidente da UEFA.

As perdas em Copas do Mundo, com um elenco de se tirar o chapéu nas mãos, rendeu à injusta fama de pé-frio ao velho Mestre.

O tempo, porém, ajuda aos que buscam a realização de sonhos aliados ao bom trabalho. E a tal fama foi por terra, em 1992, época em que Telê era o técnico do São Paulo, de Raí, Cafú, Palhinha, Müller e companhia.

Telê conquistou o estado de São Paulo, o Brasil, as Américas e o Mundo com o Tricolor.

No que diz respeito ao mundo, a primeira conquista foi em 92, contra o Barcelona, de um garoto chamado Josep Guardiola, ou Pep, para os mais chegados.

Guardiola, que, só para informar aos que não são tão velhos como este que vos escreve, é o atual técnico do time blaugrana e que chegou à incrível marca de 10 títulos em apenas 3 anos (desde 2008).

Pep, ao contrário de Telê, não carregou o peso de duas Copas do Mundo, é um novato na área. Estreou como treinador em 2007, no Barcelona B e logo foi convocado para assumir a galáxia azul grená, que passeia sob o tapete verde, sem que a bola perca o contato com ele.

De pé em pé e com a bola rolando macia por 70, 80% do tempo de jogo... assim é o Barcelona com Iniesta, Xavi, Pedro e, claro, Lionel Messi.

De 1986 pra cá foi criado um mito burro de que o que vale é o futebol de resultado, aquele em que jogar feio, retrancado e com covardia é o que sai vitorioso.

A Copa de 1990, na Itália, veio  a Seleção Brasileira, sob a batuta de Sebastião Lazaroni, com algo há anos luz de ser futebol, mostrou por "a" mais "b" que o jogar feio é péssimo e nada trás de bom. Mesmo assim, o modelo retranqueiro prevaleceu.

Nesse meio tempo, algumas equipes como o Palmeiras, em 1996 - aquele dos 100 gols no Paulistinha - o Santos, nos anos 2000 - com os "meninos da Vila" - e em 2011, com Paulo Henrique Ganso e Neymar ousaram romper laços com essa bestialidade.

Mas aí, surgiu o Barcelona de Messi... time mais que vitorioso, com futebol elegante, requintado e exuberante. Não é de ganhar de goleada, mas de modo envolvente, que empolga e comove. Nem mesmo o reformado e luxuoso estádio de Wembley foi páreo a ele. O Manchester United, com Wayne Rooney e van der Sar teve de se curvar na terra da Rainha aos pés do elenco catalão.

E não foi por imposição à base da violência. Foi no toque de bola e objetividade, que fez com que o primeiro tempo terminasse com três faltas apenas.

Guardiola, com apenas 4 anos, mostrou ser um exemplar aluno do Mestre!

Não digo que Guardiola é um novo Telê, mas faz escola pra isso.

E o futebol agradece pela aula dada pelo Aprendiz, que age como um Maestro ao reger a grande orquestra Messinfônica!

Parabéns ao Barcelona, a Guardiola, Messi e ao futebol arte que renasceu aos pés dele e aos nossos olhos, que não cansam de agradecer!




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