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PERSIO PRESOTTO
Olá, meus queridos deste Brasil que continua Pentacampeão e, por isso, 5 estrelas.
Bom... Bem... como posso dizer?
De preferência falando ou escrevendo, certo???
Então, vamos lá...
Que a Seleção Brasileira não seria campeã este ano, na África do Sul, não era algo de novo, ao contrário.
E digo isso, não pelo fato de já estarmos eliminados.
A grande questão é a de que não merecíamos um sucesso maior em solo sulafricano.
E, fugindo um pouco do 'normal' que é encontrado nos jornais e blogs da vida, não atribuo o fracasso do escrete canário unicamente ao Dunga ou ao Felipe Melo.
O Dunga, assim como o 'jogador símbolo' dele, tem um chefe, chamado Ricardo Terra Teixeira, que assumiu a CBF no ano de 1989 - às vésperas da Copa do Mundo de 1990, na Itália, portanto - e nunca mais largou o osso.
Foi com ele que quase morremos do coração tendo Sebastião Lazaroni como treinador; que sofremos horrores na conquista de 1994, nos Estados Unidos; que vivemos o drama Ronaldo, em 1998, na França; que vencemos - de forma invicta e com Felipão - em 2002, na Coreia do Sul e no Japão; que ficamos indignados com as festas fora de hora, em 2006, na Alemanha e que, agora, colecionamos mais um tropeço, no continente africano.
Não sei se vocês sabem, mas vou contar, mesmo assim... o objetivo do mandatário do futebol nacional é o de ser eleito presidente da Fifa em 2015, no lugar do suíço Joseph Blatter e, a partir daí, repetir a façanha do sogro famoso - João Havelange - de modo a ficar por um longo período à frente do futebol mundial.
A Copa do Mundo de 2014, que será realizada aqui no Brasil, servirá - não tenham dúvida disto - como campanha eleitoral.
Mas há um porém: Sepp Blatter, que até então era aliado e demonstrava interesse em colocar Ricardo Teixeira como seu sucessor, hoje parece não ter mais.
No que diz respeito à Copa de 2014, vale lembrar o episódio Morumbi.
Quando na eleição para o Clube dos 13 (entidade que defende os interesses das principais agremiações esportivas com a TV), o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, e a presidenta do Flamengo, Patrícia Amorim, decidiram pela reeleição de Fábio Koff, contrariando assim o todo poderoso, que apoiava Kléber Leite, ex-presidente do Rubro-negro da Gávea.
Resultado: Teixeira investiu pesado numa campanha 'anti-Morumbi', pró-Piritubão.
Piritubão este, que nem foi planejado, colocado no papel, mas que, ao que tudo indica, será construído tendo o aval do eternamente popular e presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Ao final, o novo estádio ficará de presente para o Corinthians, de Andrés Sanchez, que votou em Kléber Leite e assumiu o posto de Chefe da delegação brasileira durante a Copa do Mundo na África do Sul.
Francamente, tenho até medo de pensar na tal Copa brasileira.
Daqui alguns meses haverá eleições para presidente, Deputado Federal e Estadual e ao Senado.
Promessas e mais promessas serão feitas por este e aquele candidato.
E o argumento será o mesmo, independente de ser da situação ou oposição: o bem-estar da população e um trabalho honesto, digno, que atraia o turismo e faça do Brasil uma Naçao respeitável mundo afora.
Quem quiser, que acredite nisso.
Eu, tô fora...
O Brasil nunca teve ou terá condições estruturais para sediar uma Copa do Mundo, quiçá uma Olimpíada.
O que prevalece por aqui, infelizmente, são os acordos políticos.
Acordos que nem sempre são viáveis e que ultrapassam o limite do bom senso e o da vergonha na cara!
Desperta - e logo - Brasil, antes que seja tarde!
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Caiu todo mundo menos o Ricardo Teixeira. Isso é o Brasil.
ResponderExcluirAbraços! Ainda sem Internet. snif snif