A Frase
" O resultado fica para a história, o jogo bonito passa "
FELIPÃO, Técnico da Seleção Brasileira, em entrevista coletiva, antes da grande final da Copa das Confederações, diante da Espanha, no Maracanã
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Neymar é um menino, não Bad-Boy!
PERSIO PRESOTTO
A reação 'descontrolada' do garoto Neymar ao ser impedido de cobrar um pênalti contra o Atlético-GO, na goleada de 4 a 2, realizada na Vila Belmiro, pela 22ª rodada do campeonato Brasileiro, tem ganho as manchetes do noticiário esportivo nos últimos dias.
Neymar, como escrevi no parágrafo acima, nada mais é do que um garoto. Não se trata, portanto, de um bad-boy, mau caráter, desagregador.
Conversei, nesta quinta-feira à noite, com o empresário Wagner Ribeiro, que trata da vida profissional do atacante de apenas 18 anos de idade. De acordo com o dito por ele, o 'destempero' de Neymar, que foi o pivô da saída de Dorival Junior do Santos, não causou nenhum mal estar, seja dele, Neymar, com a diretoria do clube, ou com o treinador que foi demitido.
Ao citar uma declaração feita pelo jornalista Paulo Vinícius Coelho (PVC) durante o programa "Linha de Passe", exibido às segundas-feiras, na ESPN Brasil, de que o jogador não insiste nos mesmos erros e, assim, comete falhas diferenciadas, Wagner Ribeiro foi pontual: "exatamente, o garoto não é burro".
Acredito que Neymar não seja alguém que possa ser taxado de mau exemplo. É apenas um menino que precisa de orientação e, vez ou outra, de um puxão de orelha.
Juca Kfouri, a quem respeito e considero muito, argumentou em seu blog que o técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, cometeu seu primeiro erro ao não convocar Neymar para uma concentração entre os dias 6 e 13 de outubro e cobrar uma postura mais profissional e responsável.
Discordo de Kfouri, que apresenta o seguinte ponto de vista: "Melhor seria chamá-lo, olhar nos olhos dele e deixar bem claro o que o técnico quer".
Desde que assumiu o posto deixado por Dunga, Mano Menezes tem investido na formação de uma equipe equilibrada , no que diz respeito ao talento e ao comportamento.
Em outros tempos tivemos inúmeros problemas com 'atletas' que tinham a fama de craque, porém, também de encrenqueiro.
Adriano, Romário, são dois casos exemplares e que não tornam meu argumento inválido.
Tudo bem... o Baixinho ganhou uma Copa, e sozinho. Mas, qual o problema de exigir profissionalismo, preparo e ajuda a um jovem e promissor valor que, amanhã ou depois, poderá decidir não somente uma, mas duas, três Copas do Mundo?
Deste modo, creio que este não é mais um caso para chamar o rapaz e falar o que espera dele.
Ele, Neymar, por tudo o que significa e representa a Seleção Brasileira, mundialmente falando, já deve ter uma breve consciência do que é esperado dele uma vez trajado com a amarelinha.
A missão é a de jogar bola e não cometer bobagem, em campo ou fora dele, ao ponto de comprometer todo um trabalho.
Só!
Nada mais!
Em tempo: embora tenha sido o pivô, Neymar não quis ou pretendia entregar a cabeça de Dorival Junior à diretoria do Santos em uma bandeja, como muitos pintam e bordam.
Para encerrar, quero dizer o seguinte: "Monstro", como profetizou Renê Simões, Neymar não é. Mas poderá vir a ser, sim, se ninguém o ajudar...
Torço, e muito, pelo sucesso dele!
É um grande jogador!
E um bom menino, apesar das molecagens!
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