Coluna publicada originalmente no Poète en Fleur, de Ana Carolina Sakurá, no dia 6 de junho de 2010
PERSIO PRESOTTO
Bom dia, meus queridos deste Le Poète en Fleur!
Como o combinado, cá estou eu para trazer a todos um resumão das últimas Copas do Mundo.
A partir de agora, o destaque ficará para os mundiais de 1974 até o de 2010, que iniciará daqui 5 dias!
1974- Na Alemanha, a grande atração foi a Holanda, também conhecida por "Laranja Mecânica", liderada pelo sensacional Cruyff e que, literalmente, causou uma revolução tática no futebol mundial, de modo a torná-lo muito mais bonito e eficiente, permitindo que o ataque fosse bem planejado e a defesa não ficasse ao Deus dará. Mas, no final das contas, a taça da Copa foi erguida pela anfitriã, que contava com um outro gênio da raça: Franz Beckenbauer.
1978- A exemplo do que ocorreu na edição passada, os donos da casa foram os responsáveis pela festa ao final da Copa. Com um elenco mediano e algumas poucas estrelas, como o atacante Kempes e o zagueiro e capitão Daniel Passarella - aquele, que, anos mais tarde foi técnico do Corinthians -, a Argentina impediu, por mais uma vez, a conquista holandesa, agora sem Cruyff no time.
1982- A Seleção Brasileira, então comandada pelo Mestre Telê Santana da Silva, foi à Espanha com um elenco estelar, recheado com craques, verdadeiros artistas da bola, casos de Zico, Sócrates, Falcão... A esperança da conquista do Tetracampeonato, portanto, era imensa. Foi assim, ao menos, até o encontro com a Itália, de Paolo Rossi, na segunda fase do mundial...
1986- No México, o escrete canário, novamente sob a batuta de Telê Santana, foi ao mundial com boa parte daqueles que estiveram na Espanha, repetindo, assim, a tática adotada em 1962, no Chile, quando Aymoré Moreira convocou quase que 100% do grupo campeão do mundo em 58, na Suécia. A eliminação brasileira ocorreu diante da França, na semifinal, nas penalidades máximas. Telê foi considerado 'pé frio'. Condição esta que ele só conseguiu 'desmentir' nos anos 90, com o São Paulo, do inesquecível Raí. Ah... a campeã da Copa foi a Argentina, de Diego Armando Maradona, que driblou a Inglaterra inteitra e ainda contou com a ajuda de 'La mano de Dios'.
1990- Se no México a Argentina faturou o Bicampeonato, ao derrotar a Alemanha por 3 a 2, na Itália, os alemães, treinados por Franz Beckenbauer, deram o troco, com o 1 a 0 no Olímpico de Roma, gol de Brheme, em cobrança de pênalti. A Seleção Brasileira, com Sebastião Lazzaroni e no início da 'Era Dunga', foi justamente eliminada, nas Oitavas-de-Final, pela arquirrival Argentina, com um golaço de Caniggia, que recebeu um passe açucarado de Maradona...
1994- Com um futebol feio, de resultados, o escrete canário festejou, finalmente, o tão aguardado Tetracampeonato, nos Estados Unidos. Romário, que garantiu a classificação para o mundial no útimo jogo das Eliminatórias (vitória por 2 a 0 frente ao Uruguai, no Maracanã) foi o responsável pelo fim do jejum, após 24 anos, com os 6 gols que marcou. Quem também brilhou, e num momento crucial, foi o tão criticado goleiro Cláudio André Taffarel, que defendeu o pênalti de Massaro, na final com a Itália, e assistiu Roberto Baggio mandar a bola pra lua, para o delírio brazuca.
1998- Na França, a Seleção Brasileira realizou uma campanha mediana pra regular e, mesmo assim, foi à final contra os donos da casa, que tinham o argelino - de nascimento - Zinedine Zidane, como ídolo. Ronaldo, que disputava sua primeira Copa como titular, foi motivo de polêmica momentos antes da grande final. O jogador teve uma convulsão e foi hospitalizado com urgência, para o espanto dos outros atletas. Quando a escalação foi levada ao conhecimento da imprensa, quem aparecia no ataque era Edmundo, não o Fenômeno. Mas, quando a Seleção foi à campo, Ronaldo estava com a 9 e não abandonou o gramado. Resultado: todos ficaram apreensivos. Um lance clássico, que descreve muito bem isso tudo, é a corrida desesperada dada pelo lateral Cafu, quando Ronaldo se chocou, numa dividida, com o goleiro Barthez. A França, no frigir dos ovos, venceu por 3 a 0, com atuação impecável de Zidane, e ergueu, pela primeira vez, a taça do mundo!
2002- Na Coréia do Sul e no Japão, não teve pra ninguém! A "Família Scolari" derrotou seus 7 oponentes e, com um Ronaldo motivado, disposto a esquecer 1998, superou a Alemanha, de Oliver Kahn, eleito, na semifinal, como o melhor jogador da Copa, pela Fifa.
2006- A Itália, de Materazzi, que xingou a irmã de Zidane, e levou uma cabeçada dele por isso, sentiu o gostinho de ser Tetracampeã do mundo, numa Copa realizada na Alemanha, em que a Azzurra foi bastante ajudada pela arbitragem e Roberto Carlos escolheu o pior dos momentos para arrumar a meia...
2010- Faltam só 5 dias para o pontapé inicial na África do Sul. e, ao que tudo indica, o técnico Dunga adotará um esquema de trabalho parecido com o de 1994, que deu certo, mesmo que aos trancos e barrancos. Tomara que tenha sucesso! Mesmo sendo escolhido por um homem só - o presidente da CBF, Ricardo Terra Teixeira - não há como deixar de reconhecer o bom trabalho que é feito até aqui, pelo nosso treinador.
É isso aí, pesoal!
Agora, deixo o meu grande abraço a todos e o desejo de uma boa Copa, porque, afinal de contas, ela pode ser nossa!
Ou não?
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